Depois de confirmada a vitoria de Dilma no segundo turno da eleição presidencial no Brasil
choveu e-mails e comentários perguntando como imigrar para o Canadá. Houve uma grande onda
de frustração no ar.
É bom ficar claro que a mudança para o Canadá não acontece da noite para o dia, entre a tomada da decisão e ter o visto em
mãos pode levar 2, 3, 4 anos. Então, corre o risco de quando voce deixar o Brasil Dilma nem seja mais a presidente.
Antes, durante e depois de Dilma o bê-a-bá do que tem que ser feito antes de uma mudança dessas
não mudou muito, o que muda são as exigências do governo Canadense.
Tarefas de casa:
1) Informe-se.
2) Prepare-se.
3) Tenha paciência.
1) Informe-se.
Está bem informado é muito importante. Informe-se sobre o processo de imigração, informe-se sobre o país e as prováveis cidades
que você quer morar, informe-se sobre a vida no Canadá.
As melhores fontes de informação sobre o processo de imigração são:
- Site do consulado do Canadá no Brasil em SP.
- Grupo de discurssão no yahoo
Blogs como o nosso não fala muito mais sobre o processo, nós já estamos aqui, estamos em outra etapa.
Nós não sabemos das mudanças que acontecem no processo, as fontes acima sabem muito mais.
Bem infomado você vai saber se realmente você quer dar este passo ou não.
O Canadá não é as 1000 maravilhas como muitos acham.
2) Prepare-se.
Preparar-se significa, estudar o idioma (inglês ou francês) e juntar dinheiro.
Dependendo você pode até ter que mudar de profissão.
3) Tenha paciência.
O processo é demorado e sua vida para um pouco no tempo. Você não toma (ou pensa muito antes de tomar)
uma decisão importante porque você está em processo de mudar para outro país, então paciência.
2 comentários:
Estou no Canadá há quase dois meses, vim como “imigrante qualificado”, passei por um processo longo para estar aqui legalmente, e quando cheguei aqui não consegui tirar nenhum dos documentos necessários para trabalhar e viver aqui legalmente. E para piorar, o governo não oferece nenhuma forma de resolver o “problema” que eles dizem que há, mas que não me informam qual é. É uma sensação que nunca tive no Brasil, de abandono, de desrespeito. No Brasil, de um jeito ou de outro, há meios de se resolverem problemas, amigavelmente ou pondo a boca no trombone. Aqui agem como se estivessem fazendo favor aos imigrantes. Agora estou aqui impedido de fazer qualquer coisa, e nem posso sair do país porque não conseguirei voltar por falta de documentação, a não ser que desista (algo em que estou pensando seriamente).
Eu não recomendo a ninguém deixar seu país para correr o risco de passar pelo que estou passando aqui. O post é muito útil, mas eu não vim pra cá iludido. Mas não esperava ser tratado como ilegal no país para o qual quis imigrar legalmente, passando por um processo às vezes constrangedor de seleção, sem qualquer garantia de que poderia atuar na minha área, não sem passar por mais uma maratona educacional para “complementar os estudos”.
Eu tenho percebido um ufanismo desmesurado nos discursos dos governantes daqui, que dizem insistentemente na mídia que este país é o melhor do mundo para se viver. Eu pergunto: para quem?
Estranhamente, ao menos um dos poucos sites que publicaram críticas ao sistema de imigração canadense saiu do ar. Eu busquei insistentemente por um contraponto às maravilhas que são vendidas na propaganda, pois já estava me sentindo um ET, culpado mesmo por não estar vendo graça nenhuma no que tenho vivido aqui. Ainda bem que acho sim alguns comentários bastante duros, e que agora compreendo não serem desproporcionais como algumas pessoas querem fazer parecer.
A verdade é a seguinte: os nativos não gostam de imigrantes e o Estado promove a imigração para preencher as vagas de emprego que estão permanentemente vazias porque ninguém daqui quer ocupar.
Além disso, não há espaço para a divergência. É proibido indignar-se com este tratamento dispensado aos “premiados” com o visto de permanência. Não por acaso, é comum verem-se placas nas repartições públicas pedindo para as pessoas não xingarem ou agredirem ninguém. Sabe por que? Porque eles agem aqui com uma tranquilidade em relação ao desespero dos outros que beira à indiferença. E é isso que eu tenho vivido. Eu ligo para saber qual é o problema e eles dizem que não podem fazer nada, e que eu também não posso fazer nada além de esperar. Talvez eles tenham descoberto que eu não aceito ser aculturado. Que imigração não significa jugo. E aí queiram me levar ao limite para que eu desista. Pode ser que consigam. Mas não conseguirão fazer com que mude minha postura crítica. Nem me impedirão de alertar aos incautos, mesmo àqueles que conhecem bem as dificuldades de imigrar. Porque, creia, pode ficar pior.
Estou no Canadá há quase dois meses, vim como “imigrante qualificado”, passei por um processo longo para estar aqui legalmente, e quando cheguei aqui não consegui tirar nenhum dos documentos necessários para trabalhar e viver aqui legalmente. E para piorar, o governo não oferece nenhuma forma de resolver o “problema” que eles dizem que há, mas que não me informam qual é. É uma sensação que nunca tive no Brasil, de abandono, de desrespeito. No Brasil, de um jeito ou de outro, há meios de se resolverem problemas, amigavelmente ou pondo a boca no trombone. Aqui agem como se estivessem fazendo favor aos imigrantes. Agora estou aqui impedido de fazer qualquer coisa, e nem posso sair do país porque não conseguirei voltar por falta de documentação, a não ser que desista (algo em que estou pensando seriamente).
Eu não recomendo a ninguém deixar seu país para correr o risco de passar pelo que estou passando aqui. O post é muito útil, mas eu não vim pra cá iludido. Mas não esperava ser tratado como ilegal no país para o qual quis imigrar legalmente, passando por um processo às vezes constrangedor de seleção, sem qualquer garantia de que poderia atuar na minha área, não sem passar por mais uma maratona educacional para “complementar os estudos”.
Eu tenho percebido um ufanismo desmesurado nos discursos dos governantes daqui, que dizem insistentemente na mídia que este país é o melhor do mundo para se viver. Eu pergunto: para quem?
Estranhamente, ao menos um dos poucos sites que publicaram críticas ao sistema de imigração canadense saiu do ar. Eu busquei insistentemente por um contraponto às maravilhas que são vendidas na propaganda, pois já estava me sentindo um ET, culpado mesmo por não estar vendo graça nenhuma no que tenho vivido aqui. Ainda bem que acho sim alguns comentários bastante duros, e que agora compreendo não serem desproporcionais como algumas pessoas querem fazer parecer.
A verdade é a seguinte: os nativos não gostam de imigrantes e o Estado promove a imigração para preencher as vagas de emprego que estão permanentemente vazias porque ninguém daqui quer ocupar.
Além disso, não há espaço para a divergência. É proibido indignar-se com este tratamento dispensado aos “premiados” com o visto de permanência. Não por acaso, é comum verem-se placas nas repartições públicas pedindo para as pessoas não xingarem ou agredirem ninguém. Sabe por que? Porque eles agem aqui com uma tranquilidade em relação ao desespero dos outros que beira à indiferença. E é isso que eu tenho vivido. Eu ligo para saber qual é o problema e eles dizem que não podem fazer nada, e que eu também não posso fazer nada além de esperar. Talvez eles tenham descoberto que eu não aceito ser aculturado. Que imigração não significa jugo. E aí queiram me levar ao limite para que eu desista. Pode ser que consigam. Mas não conseguirão fazer com que mude minha postura crítica. Nem me impedirão de alertar aos incautos, mesmo àqueles que conhecem bem as dificuldades de imigrar. Porque, creia, pode ficar pior.
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